Poesia no Dia Mundial da Língua Portuguesa

O que me faz feliz?

Talvez sejam as flores e as suas cores.

Talvez sejam as árvores e as suas folhas.

Talvez seja a água a bater nas rochas.

Talvez seja o sol ou talvez seja a lua.

Talvez sejam os mil e um pontinhos que estão no céu.

Talvez sejam os cristais no solo.

Talvez sejam as borboletas a pairar por cima da minha cabeça.

Talvez sejam as velas com cheiro de baunilha.

Talvez seja a arte que faço todos os dias.

Talvez sejam as plantas que nascem à minha volta.

Talvez sejam as cores do arco-íris.

Talvez sejam os livros que leio.

Talvez sejam os meus amigos.

Talvez seja a minha família.

Bom… eu ainda não sei o que me traz toda a felicidade que preciso, mas quando eu souber escreverei para si.

 Poema da autoria de Eloísa Barros, aluna da turma 6º F

ROSA NEGRA

Rosa,

Chamam-te Rosa, minha preta formosa

E na tua negrura

Teus dentes se mostram sorrindo.

 

Teu corpo baloiça, caminhas dançando,

Minha preta formosa, lasciva e ridente

Vais cheia de vida, vais cheia de esperanças

Em teu corpo correndo a seiva da vida

Tuas carnes gritando

E teus lábios sorrindo...

 

Mas temo tua sorte na vida que vives,

Na vida que temos...

Amanhã terás filhos, minha preta formosa

E varizes nas pernas e dores no corpo;

Minha preta formosa já não serás Rosa,

Serás uma negra sem vida e sofrente

Ser’as uma negra

E eu temo a tua sorte!

 

Minha preta formosa não temo a tua sorte,

Que a vida que vives não tarda findar...

Minha preta formosa, amanhã terás filhos

Mas também amanhã...

... amanhã terás vida!                                                    

                                                                                   Poema da autoria de Amílcar Cabral